terça-feira, 16 de outubro de 2012

Konami

Quando eu comprei meu primeiro MSX, veio junto com ele um punhado de fitas cassete, cheias de joguinhos, alguns bons e outros ruins. Mas eu era esperto, e logo saquei como diferenciar os dois tipos. Os bons eram os que começavam com a tela azul abaixo:


A Konami começou sua incursão no MSX criando adaptações de seus arcades, como Frogger e Super Cobra, e depois começou a criar jogos exclusivos para MSX que marcaram época, como Knightmare e Penguin Adventure. No MSX 2, ela começou franquias que duram até hoje, como Metal Gear e Vampire Killer (Castlevania).

Indo ao Japão, logicamente eu não tinha como deixar de visitar o prédio da Konami né?


O prédio é exclusivo dos funcionários, para os visitantes só tem uma lojinha disponível no térreo (mas a lojinha quase não tem nada de MSX, só uns poucos itens de Gradius e Metal Gear). Como não dava para entrar no prédio, eu resolvi apelar. Chegamos lá bem na hora do almoço, quando os funcionários estavam saindo para o restaurante. Eu fiquei de olho tentando ver alguém conhecido, como o Kojima, mas não reconheci ninguém.


Como o plano do almoço falhou, eu fiquei tentado a usar engenharia social no guardinha para invadir amigavelmente o prédio, mas aí a Ila ficou medo de sermos deportados e me impediu :)

Payload

Quando estávamos planejando nossa viagem ao Japão, era comum que a Ila ficasse um tempão procurando no mapa onde estavam as cidades, enquanto que eu, só de ouvir o nome, já sabia onde a cidade ficava. O motivo é simples: eu era viciado em Payload!


No Payload você controla um caminhoneiro que precisa fazer entregas ao longo do Japão. O mapa do jogo é bastante fiel, e as cidades ficam no mesmo lugar que na vida real. Por isso, quem jogou Payload não se perde no mapa do Japão.


Quando estivemos no Japão em fevereiro, não perdi a oportunidade de tirar uma foto ao lado de um autêntico caminhão de entregas japonês!


O caminhão era da Kuroneko Yamato Takyuubin, o lendário serviço de entregas do gato preto, que serviu de inspiração para o livro Majo no Takyuubin (em inglês Kiki's Delivery Service), e também para o conhecido anime do Studio Ghibli.

domingo, 4 de março de 2012

Iga Ninpou Chou 2

Um dos joguinhos da primeira leva da Casio é o Iga Ninpou Chou 2: Mangetsu Jou no Tatakai (traduzindo: os pergaminhos da arte ninja de Iga parte 2: A luta no castelo da lua cheia). No jogo o personagem precisa invadir o castelo para roubar os pergaminhos secretos do clã ninja de Iga.


A curiosidade é que o tal clã ninja existe de verdade, na cidade de Iga, no Japão. A cidade possui um museu dos ninjas, contando tudo sobre a história dos ninjas, com exposições de armas da época, e até mesmo exibição de ninjas ao vivo.

Além disso, bem ao lado do museu, você também pode visitar o castelo ninja de Iga, o mesmo que você invade no jogo!


A resolução do jogo é meio ruim e não dá pra reconhecer o castelo, mas na ilustração da caixa fica claro que é o mesmo:


Parodius

Quem já jogou o Parodius até o final deve se lembrar do último inimigo do jogo, o temível Baku.


O Baku é uma lenda japonesa sobre um animal telepático que se alimenta dos sonhos das pessoas. Ou pelo menos era o que eu achava. Conversando com um amigo japonês, ele me disse que Bakus são animais reais, e que qualquer zoológico japonês tem um deles. Naturalmente fiquei curioso, e me prometi que quando fosse ao Japão eu visitaria um zoológico para ver um Baku de perto.

Pois bem, quando estávamos em Tokyo, fomos até o Ueno Zoo, e eis que lá eu encontro finalmente o Baku!


A Ila, que é uma menina esperta, logo me perguntou se estávamos no lugar certo. "Isso aí não é um Baku, é uma Anta", disse ela. Mas eu conferi na plaquinha do zoo, e lá estava escrito Baku mesmo. O jeito foi ligar o Android e apelar pra Wikipedia, onde confirmamos: de fato, o Baku e a Anta são o mesmo bicho.

Ou seja, eu viajei meio mundo pra ver o Baku, e no fim era um bicho super comum aqui no Brasil. Concluí que naquele momento o zoológico tinha duas antas.

Hinotori

Na cidade de Kyoto existe o Museu Internacional do Mangá, um prédio enorme com o maior acervo de mangás de mundo, incluindo várias raridades como o primeiro mangá publicado, de 1862. Estando na cidade, eu não podia deixar de visitar o museu!

Mas como eu sou azarado, descobri que o museu fecha exatamente dois dias por ano para renovação do interior, e os dois dias eram exatamente os que eu estava na cidade. Bummer.

Ainda assim, nós passamos na frente do museu, e por trás da grade e da janela olha só quem dava pra ver:


Um zoom pra ficar mais fácil:


É uma estátua gigante do Hinotori! O famoso personagem do Tezuka, que apareceu em mangás, animes e até em jogo de MSX. Procurando na web eu achei um cara que teve mais sorte que eu, e conseguiu tirar uma foto boa. Vejam no flickr dele como a estátua é bonitona.